RESENHA HISTÓRICA DA EXTINTA FREGUESIA DE MIDÕES:
“Sancto Pelagio de Midões”
(Inquirições de 1220)
Da origem da palavra “Midões” apenas algumas opiniões se conhecem…e, mesmo assim, todas elas divergentes, abordando diferentes perspectivas.
No Dicionário Portugal Antigo e Moderno, Pinho Leal revela que “Midões vem do árabe midam, que quer dizer praça, arena ou terreiro onde se fazem escaramuças a cavalo, torneios, justas, jogos de cana, etc…”.
Mas, o Padre António Gomes Pereira, em “Tradições Populares, Linguagem e Toponymia de Barcelos” manifesta outra opinião: “Midões deriva do genitivo Midonis, do nome próprio gótico Mito ou Mido.
No entender do Prof. J. Bouças, num artigo por si escrito no Jornal “Aurora do Lima”, de 1929, “Midões é uma variante de Pilões, de pila ou moinho de triturar cereais”. Assim Midões quer dizer terra onde existiam moinhos.
Midões situa-se na encosta nordeste do Monte de Maio; encontra-se limitada, a sul, por Rio Côvo Santa Eulália; a poente por Remelhe; a norte por Alvelos e Gamil e a nascente pela Várzea.
A nascente e a banhar esta freguesia encontra-se o Rio Covo; a atravessar, de norte a sul, existe a linha-férrea, tendo em tempos pertencido aos seus limites a Estação de São Bento (que tempos depois adoptou a designação “Estação de Midões”) e que agora se resume a um simples apeadeiro.
HERÁLDICA DA EXTINTA FREGUESIA DE MIDÕES:
BRASÃO: escudo de verde, três rodas de azenha de ouro. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: “MIDÕES - BARCELOS”.
BANDEIRA: Amarela. Cordão e borlas de ouro e verde. Haste e lança de ouro.